A conversa que eu gostaria de ter com você:
- Ei você gosta de mim?
- Depende da sua definição de gostar. Se for a do dicionário ou do senso comum não. Mas gosto de você do meu jeito.
- Nossa que jeito estranho você tem de gostar.
- Achei que você gostasse de pessoas estranhas.
- E eu gosto mas...
- Gosta de mim?
- O que?
- Perguntei se você gosta de mim. Provavelmente eu já sei a resposta mas quero ouvir você dizer.
- Tá eu... Eu não sei. Você é complicado demais e eu também sou, então a gente fica nessa coisa cada vez mais densa que nunca vai dar em nada se um de nós não decidi ser normal pelo outro.
- Como eu imaginava. Você enrolou mas não respondeu a pergunta. Você costumava ser mais corajosa, sincera e direta antigamente.
- É que...
- Sabe o que eu acho? Que se fosse qualquer outro cara vazio e bonitinho você estaria declarando seu amor eterno por ele. As vezes acho que você gosta de mim mas tem vergonha de assumir.
- Espera ai, eu tenho vergonha de assumir? Você gosta de mim até hoje e nunca disse uma palavra, você faz tudo pra eu pensar que você me odeia e pra eu te odiar. Você...
- Dá pra abaixar esse dedo?
- ... é um covarde! E eu não vou abaixar o meu dedo e nem pense em pedir pra eu parar de gritar. Eu não sei como você consegue ser tão irritante mesmo quando não tem essa intenção.
Nesse momento você diria uma daquelas suas coisas sem graças que me daria vontade de rir, mas eu iria ficar mais furiosa ainda e iria embora. Porque é sempre assim que termina.
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